Considerada uma das principais causas de deficiência motora na infância, a paralisia cerebral abrange uma série de distúrbios neurológicos que podem ser congênitos ou, ainda, adquiridos. Todos eles, no entanto, têm algo em comum: o comprometimento do tônus muscular, do movimento, do equilíbrio, da postura e/ou da coordenação motora.
Isso acontece, principalmente, porque eles afetam o córtex motor, região do cérebro que controla os movimentos. Sendo assim, vale ressaltar que quaisquer funções que requerem determinadas habilidades motoras como a respiração, o controle da bexiga, a deglutição, a fala, entre outras, podem ser prejudicadas.
A causa da paralisia cerebral, assim como os seus efeitos na função corporal, variam muito. Algumas pessoas, por exemplo, conseguem andar sozinhas; outras, no entanto, precisam de ajuda. Certos pacientes podem ter uma deficiência intelectual, enquanto outros sofrem episódios de epilepsia. Tudo depende de cada caso.
O mais importante a se saber, por ora, é que essa é uma condição permanente, ou seja, não tem cura. No entanto, existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida do paciente e é por isso que o seu diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível.
No mais, para saber todos os detalhes sobre esse tema, continue conosco.
Tipos de paralisia cerebral
Existem 4 tipos principais de paralisia cerebral. São eles:
- espástica: é o tipo mais comum de paralisia cerebral. Seus sintomas, que podem afetar todo o corpo ou somente um lado deste, incluem rigidez muscular e reflexos exagerados, dificultando movimentos simples como andar, agarrar objetos, cruzar as pernas etc. Em alguns casos, pode causar paralisia.
- Discinética (ou atetoide): provoca movimentos involuntários e incomuns nos braços, nas pernas e nas mãos. Em alguns casos, pode, ainda, afetar a face e/ou a língua. As contrações musculares, por fim, podem ser lentas e contorcidas, ou rápidas e bruscas.
- Atáxica: considerado o tipo menos comum de paralisia cerebral, ele é caracterizado por movimentos musculares que, geralmente, parecem desajeitados, descoordenados ou espasmódicos. Por isso, as pessoas com esse tipo de paralisia costumam ter problemas de equilíbrio e coordenação.
- Hipotônica: por provocar a diminuição do tônus muscular, os braços e as pernas parecem extremamente flexíveis e se movem com muita facilidade. Nos bebês, esse tipo de paralisia faz com que eles tenham dificuldade para firmar a cabeça e se manterem eretos. A depender do caso, pode gerar problemas respiratórios e posturais.
Causas e fatores de risco
Infelizmente, a causa da paralisia cerebral nem sempre é conhecida. No entanto, muitos casos acontecem enquanto o cérebro sofre uma lesão em sua fase de desenvolvimento, ou seja, ao longo da gravidez ou ainda na primeira infância. Essa lesão, por sua vez, pode acontecer devido a:
- exposição da gestante a substâncias tóxicas;
- infecções maternas (herpes, rubéola, sífilis, zika etc);
- infecções neonatais (sepse, encefalite, meningite, vasculite etc);
- icterícia não tratada;
- hemorragia intracraniana (no feto ou após o nascimento);
- AVC (no feto);
- diminuição do transporte de oxigênio para o cérebro durante o parto;
- traumatismo craniano;
- mutações genéticas;
- prematuridade.
Sintomas
Os sintomas da paralisia cerebral podem ser leves, moderados ou graves e, ainda, variar conforme a parte do cérebro afetada. Eles costumam se tornar mais óbvios à medida que a criança cresce e se desenvolve e costumam incluir:
- demora para atingir marcos de habilidades motoras como rolar, sentar-se sozinho ou engatinhar;
- dificuldade para andar;
- variações no tônus muscular (que pode ser muito flexível ou muito rígido);
- reflexos exagerados;
- ataxia ou falta de coordenação muscular;
- tremores e outros movimentos involuntários;
- falta de equilíbrio;
- atrasos no desenvolvimento da fala;
- baba excessiva;
- dificuldade para engolir;
- problemas neurológicos como convulsões, deficiências intelectuais e cegueira.
Diagnóstico da paralisia cerebral
O diagnóstico de paralisia cerebral é geralmente feito a partir de uma análise detalhada e minuciosa do histórico médico do paciente e, claro, por meio de alguns exames como:
- eletroencefalograma;
- ressonância magnética;
- tomografia computadorizada;
- ultrassom;
- de sangue (para descartar outras condições).
Além disso, a consulta com um especialista é essencial para analisar outros problemas neurológicos associados a essa doença como, por exemplo, atrasos da fala, dificuldades intelectuais e comprometimento da visão.
Tratamento
Infelizmente, a cura para a paralisia cerebral ainda não foi encontrada. No entanto, existem diversos tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida do paciente. Quanto mais cedo eles se iniciarem, melhor. Por isso, em caso de qualquer suspeita, não deixe de conversar com o pediatra.
No mais, após o diagnóstico de paralisia cerebral, uma equipe de profissionais de saúde trabalhará com a criança e a sua família para desenvolver um plano que vai ajudá-la a atingir o seu pleno potencial. Os tratamentos mais comuns incluem:
- medicamentos;
- cirurgia;
- fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.
Vale reforçar que nenhum tratamento é único. Afinal, os quadros variam de pessoa para pessoa.
Ufa!
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Por ora, fique bem e até o próximo encontro!