Mal de Alzheimer: o que você precisa saber? - Profisio Center Skip to main content

Conhecido como uma das causas mais comuns de demência, o mal de Alzheimer é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que tem como principal característica a perda de memória.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que aproximadamente 55 milhões de pessoas têm o diagnóstico de demência, sendo o Alzheimer o seu principal catalisador. No Brasil, o Ministério da Saúde indica que, a cada ano, são identificados cerca de 100 mil novos casos dessa doença.

A título de curiosidade, “demência” é um termo genérico utilizado para designar condições que, de alguma forma, provocam a deterioração gradual de certas habilidades cognitivo-comportamentais como, por exemplo, a linguagem, a memória, o raciocínio e a sociabilidade.

Infelizmente, ainda não há cura para a Doença de Alzheimer. No entanto, existem diversos tratamentos que visam a sua administração, reduzindo os sintomas e dando mais qualidade de vida ao paciente. É por isso que, quanto mais informações as pessoas tiverem sobre essa condição, mais cientes elas estarão de como proceder em caso de suspeitas.

Para saber, então, todos os detalhes sobre o Alzheimer, continue conosco.

A lógica por trás do Alzheimer

O cérebro é um órgão que possui aproximadamente 100 bilhões de células nervosas que, conectadas umas às outras, formam inúmeras redes de comunicação. Cada rede, por sua vez, tem uma função distinta (visão, audição, memória, olfato etc).

Para que todas essas redes façam seus trabalhos corretamente, elas precisam funcionar como uma espécie de fábrica. Afinal, elas recebem informações, comunicam-se constantemente, geram energia, produzem experiências/habilidades e, é claro, livram-se do lixo. E para que todo esse processo funcione conforme o esperado, é preciso muito oxigênio, combustível e coordenação.

Quando adicionamos a Doença de Alzheimer nessa metáfora, é como se ela fosse a grande responsável pelo mau funcionamento de um ou mais dos setores dessa “fábrica”. E aí, como já acontece com as estruturas de negócios reais, basta que um departamento colapse para que todos os outros tenham o mesmo desfecho.

Agora chega de analogias: com o cérebro acontece a mesma coisa. À medida que seus grupos celulares sofrem danos, outras redes seguem o mesmo caminho, perdendo suas habilidades progressivamente. Com o tempo, essas parcelas que “desaprenderam” suas funções acabam morrendo, fazendo com que a pessoa desenvolva falhas cognitivo-comportamentais irreversíveis.

Causas

A causa específica para o Alzheimer ainda é desconhecida. No entanto, há fortes indícios de que as placas beta-amiloides (Aß) e os emaranhados neurofibrilares, estruturas cerebrais de origem desconhecida, tenham algo a ver com o seu desenvolvimento.

Vamos por partes: as placas Aß são agrupamentos pegajosos de uma proteína (beta-amiloide) que se acumulam entre as células nervosas nas regiões em que elas realizam a sinapse (comunicação). Uma vez que elas não conseguem enviar informações umas às outras, elas acabam “morrendo” com o tempo.

Os emaranhados neurofibrilares, por sua vez, dizem respeito ao acúmulo de proteínas Tau (abundantes no sistema nervoso central) que sofrem um processo chamado hiperfosforilação, comprometendo o bom funcionamento dos neurônios.

Agora, um pequeno esclarecimento: as proteínas Aß são essenciais para que o cérebro desempenhe suas funções corretamente. O problema, portanto, está no acúmulo patológico destas em determinadas regiões desse órgão. Contudo, ainda não se sabe, ao certo, por que elas se formam.

Alguns estudos indicam que, à medida que envelhecemos, a tendência é que tais placas e emaranhados se formem ao longo do tempo. Em pessoas que têm maior propensão ao Alzheimer, por exemplo, elas tendem a se desenvolver muito mais rápido e em padrões previsíveis, atingindo primeiramente a região responsável pela memória e, então, espalhando-se gradualmente para as demais.

No entanto, é claro que existem outros fatores de risco que precisam ser considerados quando o assunto é o mal de Alzheimer. São eles:

  • histórico familiar;
  • genética (mutação dos genes apoE, PSEN2, APP e PSEN1 no cromossomo 21);
  • antecedentes positivos para certas condições como, por exemplo, doenças cardíacas e/ou cerebrovasculares, hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, depressão, diabetes melito (especialmente o tipo 2), entre outras;
  • uso de medicamentos anticolinérgicos (bloqueiam a ação da acetilcolina, um neurotransmissor).

Tipos

Apesar de a Doença de Alzheimer apresentar os mesmos sintomas na maioria dos casos, precisamos conversar sobre as duas formas que ela pode assumir. São elas:

1. Alzheimer precoce

Conhecido como o tipo mais raro de Alzheimer, ele acomete pacientes com menos de 60 anos, sendo relativamente comum àqueles que estão entre os 40/50. Vale ressaltar, por fim, que ele é mais usual em pessoas com síndrome de Down e/ou que possuem alterações em uma parte específica do DNA (cromossomo 14).

2. Alzheimer tardio

É o tipo mais conhecido de Alzheimer e acomete pessoas com 65 anos ou mais.

Como a Doença de Alzheimer evolui?

Normalmente, o Alzheimer se desenvolve ao longo de 3 estágios:

  • inicial ou leve (o paciente ainda possui autonomia e independência, no entanto, começa a experienciar alguns lapsos de memória e sentir mais dificuldade para se concentrar e/ou planejar suas tarefas);
  • intermediário (é o período mais longo da evolução da doença, podendo durar até mesmo anos. Aqui, os sinais de demência são mais evidentes, o esquecimento é mais frequente e a frustração do paciente com relação a esses fatores é maior);
  • avançado (nessa fase, os sintomas são extremamente graves e limitantes. O paciente perde funções fundamentais ao seu bem-estar, encontrando dificuldades para se locomover, mastigar, engolir, conversar, entre outras).

Diagnóstico

Para além da anamnese, alguns exames e testes em consultório e a investigação do histórico geral do paciente, a Doença de Alzheimer é diagnosticada por meio de dois métodos principais: o PET-Scan (tomografia computadorizada) e a coleta de líquido cefalorraquidiano.

E, por fim: como a Profisio pode ajudar no tratamento do Alzheimer?

Como já adiantamos no começo desse bate-papo, ainda não há cura para o Alzheimer. Porém, existem planos de tratamento que visam oferecer ao paciente a melhor qualidade de vida possível. Para isso, algumas das especialidades que oferecemos podem ser aliadas como, por exemplo:

  • fisioterapia neurológica;
  • fisioterapia respiratória;
  • acupuntura;
  • fonoaudiologia;
  • pilates;
  • psicologia;
  • terapia ocupacional.

É claro que a escolha das alternativas, assim como a forma como cada uma delas poderá operar, varia de acordo com as necessidades e objetivos do paciente. O importante é procurar por ajuda o mais rápido possível e contribuir ativamente com o trabalho de toda a equipe!

Agora sim!

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