Autismo: o que é, sintomas e tratamentos - Profisio Center Skip to main content

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio de neurodesenvolvimento que afeta cerca de 1 em cada 160 crianças em todo o mundo. No Brasil, a Associação Brasileira de Autismo (ABA) estima que existam cerca de 2 milhões de pessoas com essa condição, sendo a maioria delas ainda não diagnosticada.

Apesar de os sintomas do autismo variarem conforme o caso, suas principais características incluem dificuldades na comunicação verbal/não verbal, interesses restritos/obsessivos e comportamentos repetitivos. Vale ressaltar que esse transtorno é considerado um espectro. Isso significa que seus sintomas podem variar de leves a graves e, ainda, costumam afetar cada pessoa de uma forma diferente. É por isso que, em tese, seu diagnóstico é tão complexo.

Embora ainda não haja cura para o TEA, existem terapias e intervenções que podem ajudar a melhorar, e muito, a qualidade de vida dos pacientes. Sendo assim, separamos o bate-papo de hoje para:

  • explorarmos as principais abordagens utilizadas no tratamento para o autismo;
  • discutirmos como elas podem reduzir seus sintomas e contribuir para o desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação do paciente;
  • abordarmos a importância de um diagnóstico precoce e, claro, de uma intervenção apropriada para um resultado positivo a longo prazo.

Vamos lá?

Do começo: como o autismo funciona?

O cérebro dos pacientes com TEA decodifica mensagens de uma forma diferente quando comparadas às pessoas neurotípicas. Para entender melhor: o processamento de informações sensoriais, no autista, pode ser hiper ou hipossensível. Isso significa que certos estímulos, como ruídos altos, podem ser avassaladores ou, ao contrário, passarem despercebidos.

Independentemente do caso, as reações a tais estímulos costumam ser incomuns como, por exemplo, cobrir os ouvidos em ambientes barulhentos ou procurar por estímulos ainda mais intensos (luzes piscando, texturas diferentes etc).

Além disso, a comunicação e a interação social podem ser difíceis para as pessoas autistas. Afinal, pois elas podem enfrentar dificuldades para entender e aplicar normas sociais e expressões faciais/corporais devidamente. Isso pode levar a dificuldades em fazer amizades ou estabelecer relações significativas com os outros.

Por fim, o TEA pode, também, se manifestar por meio de comportamentos restritos e/ou repetitivos, como a fixação em um interesse específico, e a repetição de palavras/frases/movimentos.

Embora as causas exatas do autismo ainda não sejam conhecidas, existem alguns fatores de risco diretamente associados a ele. Vamos conversar um pouco sobre eles?

(Possíveis) causas para o autismo

Apesar de as causas do autismo ainda não serem completamente conhecidas, sabe-se que essa é uma condição complexa e multifatorial que envolve fatores genéticos e ambientais. Sendo assim, alguns de seus possíveis catalisadores incluem:

  • Genética: o autismo é mais comum em famílias que já têm um histórico da condição.
  • Mutação genética: algumas mutações genéticas podem aumentar os risco para o TEA.
  • Exposição a produtos químicos: há algumas evidências de que a exposição a produtos químicos tóxicos durante a gravidez pode aumentar o risco para o autismo.

Sintomas

Os sintomas do autismo variam de pessoa para pessoa, mas costumam incluir:

  • dificuldades na comunicação (problemas para iniciar ou manter conversas, maior esforço para entender o significado de expressões faciais ou entonações de voz, e repetição de frases ou palavras).
  • Dificuldades na interação social (lutar para estabelecer relações interpessoais significativas, parecer indiferente às emoções ou sentimentos dos outros e, ainda, preferir estar sozinho(a) na maioria do tempo).
  • Comportamentos repetitivos ou restritos (ter interesses muito específicos, comportamentos repetitivos e rotinas rígidas).
  • Sensibilidade sensorial (sensibilidade aumentada ou diminuída a estímulos sensoriais como luzes, sons, texturas e cheiros).
  • Atrasos no desenvolvimento (evolução tardia da fala e da aquisição de habilidades sociais, como imitar comportamentos ou fazer contato visual).

Atenção: é importante nos lembrarmos de que o autismo é um espectro e, por isso, seus sintomas podem variar muito de uma pessoa para outra.

Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é feito com base em avaliações clínicas e testes analíticos. Normalmente, ele é detectado em crianças com idade entre 2 e 3 anos, mas pode ser identificado em qualquer idade.

O diagnóstico inclui a observação do comportamento da criança e a realização de avaliações como a Escala de Avaliação de Autismo na Infância (CARS) ou a Escala de Avaliação do Espectro do Autismo (ADOS).

E, finalmente: o que a Profisio pode fazer com relação ao autismo? (H₂)

O tratamento para o autismo, como já explicamos, varia conforme as necessidades individuais. No entanto, algumas das opções mais utilizadas pela clínica incluem:

  • Terapia comportamental (para desenvolver habilidades sociais e de comunicação, bem como reduzir comportamentos repetitivos).
  • Terapia ocupacional (excelente para desenvolver habilidades motoras e reduzir a hipersensibilidade sensorial).
  • Terapia da fala (uma alternativa para trabalhar as habilidades de comunicação).
  • Fisioterapia (melhora as habilidades motoras, aumenta o nível de consciência corporal e alivia alguns dos sintomas provocados pelo transtorno).
  • Medicamentos (quando necessário, para reduzir sintomas como ansiedade e agressão).

Ufa!

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