Transtorno Desafiador Opositivo (TDO): o que é e como lidar? - Profisio Center Skip to main content

Acredite: até mesmo as crianças mais obedientes e bem comportadas do mundo podem, ocasionalmente, apresentar comportamentos desafiadores. Isso é normal e faz parte da natureza delas (e, convenhamos, de qualquer ser humano).

Contudo, quando há um padrão frequente e contínuo de raiva, irritabilidade, argumentação e desafio aos pais e outras figuras de autoridade, pode ser que o(a) pequeno(a) tenha um Transtorno Desafiador Opositivo.

Também conhecida como TOD, essa condição é geralmente diagnosticada em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos. Isso acontece, principalmente, porque é nessa faixa etária que os comportamentos desafiadores e opositivos se tornam mais evidentes. No entanto, é importante destacar que os sintomas desse transtorno podem continuar na idade adulta, embora se manifestem de maneiras diferentes.

E aí, preparado(a) para saber todos os detalhes sobre o Transtorno Desafiador Opositivo? Basta renovar o café e continuar conosco.

Do começo: o que é o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO)?

O Transtorno Desafiador Opositivo é um distúrbio de comportamento caracterizado por padrões persistentes de:

  • desobediência;
  • hostilidade;
  • irritabilidade;
  • atitudes desafiadoras em relação a figuras de autoridade como pais, professores e outros adultos.

Crianças e adolescentes com TOD podem, ainda, parecer constantemente irritáveis, impulsivos e teimosos, além de se recusarem a seguir regras e instruções, e ainda apresentarem dificuldade para lidar com frustrações.

Por fim, seus comportamentos podem variar desde a oposição ativa e a agressão verbal até atitudes mais extremas como, por exemplo, destruir propriedades alheias ou se envolver em brigas físicas.

Causas e fatores de risco

Ainda não se sabe, exatamente, a causa exata para o Transtorno Desafiador Opositivo. No entanto, acredita-se que haja uma combinação de fatores biológicos, ambientais e genéticos que favorecem o seu desenvolvimento. Entre eles, podemos citar:

  • genética (estudos mostram que o TOD pode ser hereditário. Além disso, crianças com pais ou irmãos que têm Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou Transtorno de Conduta têm maior probabilidade de desenvolver o Transtorno Desafiador Opositivo).
  • Fatores ambientais (crianças que crescem em ambientes familiares instáveis, com baixo suporte emocional ou que sofrem de negligência ou abuso são mais propensas a desenvolver o TOD).
  • Problemas de saúde mental e/ou aprendizagem: crianças que têm outros transtornos como ansiedade, depressão, dislexia, discalculia (e outras dificuldades de aprendizagem) têm maior probabilidade de desenvolver o TOD).
  • Fatores neurobiológicos: alguns estudos sugerem que diferenças na estrutura e funcionamento do cérebro podem estar associadas ao desenvolvimento do TOD.

É importante lembrar, por fim, que o TOD não é necessariamente causado por uma única coisa. Na verdade, essa é uma condição complexa que envolve múltiplos fatores. Sendo assim, saber identificá-los é essencial para ajudar no diagnóstico e no desenvolvimento de um plano de tratamento individualizado e eficaz para cada criança.

Diagnóstico

O Transtorno Desafiador Opositivo é detectado por profissionais da saúde mental como, por exemplo, psiquiatras e psicólogos.

Para ser diagnosticado com TOD, o paciente deve apresentar um padrão persistente de comportamentos desafiadores por pelo menos seis meses. Além disso, os sintomas devem interferir significativamente em sua vida cotidiana, como em casa, na escola e em outras atividades sociais.

Como lidar com o TOD? Existe tratamento para esse transtorno?

O tratamento do Transtorno Desafiador Opositivo geralmente envolve uma combinação de terapias comportamentais e medicamentosas.

A terapia comportamental é voltada para ensinar habilidades de controle emocional, bem como para melhorar as habilidades de comunicação e interação social da criança. Já a terapia medicamentosa, por sua vez, é utilizada em casos mais graves e pode incluir o uso de psicotrópicos para controlar os sintomas.

Além disso, existem algumas estratégias que pais, professores e cuidadores podem utilizar para lidar com o comportamento desafiador de uma criança com TOD. Algumas delas incluem:

1. Estabelecer uma rotina consistente

Crianças com TOD geralmente têm dificuldades para lidar com mudanças e incertezas. Sendo assim, estabelecer uma rotina consistente pode ajudá-las a se sentirem mais seguras e estáveis, minimizando suas crises de estresse e a ansiedade.

2. Determinar limites claros

Uma criança com Transtorno Desafiador Opositivo precisa de limites claros e regras bem definidas para ajudá-la entender o que lhe é esperado. Sendo assim, estabeleça regras e consequências claras para comportamentos inadequados e seja consistente em aplicá-las.

3. Seja positivo(a)

Reforce comportamentos adequados com elogios e recompensas. Isso pode ajudar a incentivar a criança a se comportar bem e aumentar sua autoestima.

4. Escolha suas batalhas

Não é possível controlar todos os comportamentos de uma criança com TOD. Escolha as batalhas que valem a pena e tente não entrar em discussões desnecessárias.

5. Ajude a criança a desenvolver habilidades sociais

A criança com TOD frequentemente tem dificuldade para interagir com outras crianças e adultos. Ajude-a, então, a desenvolver habilidades sociais como compartilhar, esperar sua vez e expressar seus sentimentos de forma apropriada. Se preciso, conte com a ajuda de um psicólogo infantil ou um terapeuta ocupacional para isso!

6. Ajude o(a) pequeno(a) a lidar com emoções negativas

Crianças com TOD frequentemente têm dificuldade para controlar emoções negativas. Sendo assim, ajude o(a) pequeno(a) a identificar e expressar suas emoções de forma adequada, ensinando técnicas de relaxamento e respiração profunda.

7. Procure por ajuda profissional

O TOD pode ser um transtorno desafiador e estressante para os pais e cuidadores. Por isso, não hesite em procurar por ajuda profissional como, por exemplo, um psicólogo ou um terapeuta comportamental. São eles quem lhe ajudarão a obter suporte e orientação sobre como lidar com o comportamento da criança.

Agora sim!

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No mais, um grande abraço e até a próxima.