Como funciona a terapia ocupacional para crianças? - Profisio Center Skip to main content

Quando pensamos em terapia ocupacional, o principal ponto é ajudar o paciente a exercer atividades comuns, porém essenciais para o dia a dia. São alguns exemplos tomar banho, escovar os dentes, lavar a louça etc. No entanto, quando o assunto envolve crianças, o foco precisa ser um pouco diferente. Afinal, as principais “tarefas” que os pequenos precisam cumprir para se desenvolverem bem é brincar e aprender com esse processo.

A grande questão é que algumas crianças podem sentir certas dificuldades durante essa jornada de aprendizado, seja devido a alguma condição, lesão ou até mesmo diferenças no estilo de vida. E aí, se tanto a brincadeira quanto a capacidade de aprender forem afetadas por estes obstáculos, a independência, a saúde e a forma como elas sentem sobre si mesmas também serão afetadas.

O terapeuta ocupacional vem, então, para trabalhar com pacientes de todas as idades e ajudá-los a aprimorar as habilidades necessárias para a vida cotidiana e, claro, para o seu desenvolvimento enquanto “seres independentes e autônomos”.

Para saber, então, como funciona a terapia ocupacional para crianças, continue conosco.

Do começo: o que é terapia ocupacional?

De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), esta é uma profissão “voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas”.

Em outras palavras, o propósito dessa especialidade (especialmente na área pediátrica) é ajudar as crianças a explorarem melhor sua independência e autonomia. Para isso, uma série de atividades são planejadas e executadas de acordo com as necessidades e objetivos de cada paciente, permitindo a ele desenvolver e aprimorar suas habilidades psico-ocupacionais.

Aprofundando…

Na terapia ocupacional pediátrica, o objetivo é permitir que bebês, crianças e adolescentes desenvolvam sua independência nas tarefas cotidianas. Para isso, diversos aspectos da funcionalidade do paciente podem ser trabalhados, incluindo:

  • habilidades motoras finas: são usadas, principalmente, em atividades como escrever, se vestir, alimentar-se, usar tesouras etc. Para trabalhar essas habilidades, o especialista pode montar uma série de exercícios que coordenem, por exemplo, os pequenos músculos das mãos com o movimento dos olhos, permitindo que a criança segure, explore e manipule brinquedos e ferramentas como um lápis ou uma colher.
  • Habilidades motoras grossas: envolvem os grandes músculos do corpo que, por sua vez, são os principais responsáveis por movimentos essenciais para a nossa autonomia como sentar, andar, pular e até mesmo praticar algum esporte.
  • Uso de ferramentas: envolve o manuseio de objetos com as mãos. É uma etapa essencial para o tratamento, pois permite à criança exercitar e aprimorar algumas habilidades como se alimentar por meio de talheres, escrever e até mesmo brincar com bonecas, carrinhos e demais objetos que exploram e incluem os movimentos com as mãos.
  • Caligrafia: você sabia que, por meio de uma atividade simples como a caligrafia, uma criança trabalha suas coordenações motoras finas e habilidades visuais? Além disso, vale citar outros detalhes essenciais que costumam ser abordados nesta atividade como, por exemplo: formação das letras, velocidade, legibilidade, aderência do lápis, redução da dor e/ou fadiga, entre outros.
  • Preparação para a escola: atividades que envolvam desenho, corte, comportamento em sala de aula, conclusão de tarefas e habilidades de artesanato costumam ser pré-requisitos esperados para se iniciar o jardim de infância. Sendo assim, é importante que o terapeuta trabalhe, se necessário, com ocupações que envolvam trabalhos desse tipo.
  • Habilidades de autocuidado: inclui o desenvolvimento e a prática de habilidades como usar talheres, amarrar os cadarços, apertar os botões da roupa, ir ao banheiro, escovar os dentes, tomar banho, entre outros.
  • Habilidades de jogo: são aquelas usadas nas brincadeiras cotidianas como, por exemplo, usar o quebra-cabeças, trabalhar o lúdico por meio do “faz de contas”, e por aí vai.
  • Percepção visual: envolve a compreensão daquilo que está sendo visto. É muito importante para completar atividades como ler histórias, terminar um quebra-cabeça, identificar letras e números, desenhar, escrever etc.
  • Processamento sensorial: envolve a maneira como o corpo processa e reage às informações que recebe do ambiente circundante. É importante porque algumas crianças, a depender do caso, podem demonstrar hiper ou hipossensibilidade a certas sensações como ruídos altos, certas texturas etc.

Por fim: como saber se determinada criança tem indicação para a terapia ocupacional?

Os principais quadros que podem contar com os cuidados de um terapeuta ocupacional pediátrico incluem:

  • distúrbios neurológicos
  • paralisia cerebral;
  • distúrbios do processamento sensorial;
  • autismo;
  • problemas de comportamento e aprendizagem;
  • atrasos no desenvolvimento;
  • espinha bífida;
  • doenças crônicas;
  • ou qualquer condição incapacitante.

Agora sim!

Viu como a terapia ocupacional para crianças é um assunto importante não só para os pais e cuidadores, mas sim para toda a sociedade? No mais, para saber mais detalhes sobre essa especialidade e, claro, outros assuntos voltados para a saúde, fique de olho em nosso blog, acompanhe nossos perfis nas redes sociais (Facebook e Instagram) e até a próxima!