Reabilitação vestibular: como funciona a fisioterapia para labirintite? - Profisio Center Skip to main content

Você por acaso já ouviu falar em reabilitação vestibular? Ela nada mais é do que um programa baseado em exercícios fisioterápicos que visam melhorar o equilíbrio do paciente e reduzir diversos problemas relacionados à tontura (em especial, a labirintite).

Elaborados por fisioterapeutas vestibulares, esses exercícios têm mostrado bastante eficácia no controle de sintomas associados ao ouvido interno como, por exemplo, vertigem, distúrbios visuais, náuseas e/ou vômitos, redução da concentração e até mesmo fadiga.

No mais, como estes fatores costumam comprometer, e muito, a qualidade de vida de uma pessoa, interferindo em diferentes aspectos desta (especialmente o social), acho importante dedicarmos o bate-papo de hoje a esse assunto. Afinal, meu objetivo, aqui, é promover o bem-estar dos meus leitores e, claro, dar-lhes mais conhecimento sobre diversos temas relacionados à saúde!

Sendo assim, renove o café, procure uma posição confortável e venha conhecer mais sobre essa alternativa à labirintite e outros “gatilhos” da tontura.

Primeiramente: como a tontura é definida e o que a labirintite tem a ver com isso?

A tontura pode ser descrita como uma sensação de instabilidade do corpo, fazendo com que a pessoa sinta que está em movimento mesmo quando permanece imóvel.

Isso acontece, principalmente, porque o ouvido é composto por três canais que, ao detectarem qualquer forma de movimento, enviam essa informação ao cérebro, ajudando-o a entender a posição do corpo no espaço em que ele está. No entanto, em algumas circunstâncias, essa informação pode chegar “atrasada”, provocando, assim, a sensação de tontura.

A labirintite (ou neurite vestibular), por sua vez, é uma infecção provocada pela inflamação do nervo vestibulococlear, um dos responsáveis por transmitir informações de som e equilíbrio do ouvido ao nosso cérebro. Tal quadro, por fim, faz com que a pessoa tenha crises de vertigem e mal-estar que, a depender do caso, podem durar dias ou até mesmo semanas.

Causas

Infelizmente, ainda não se sabe a causa exata para a labirintite. No entanto, existem alguns fatores de risco associados a ela que merecem a nossa atenção. São eles:

  • inflamações no ouvido ligadas a vírus e/ou bactérias;
  • traumatismo craniano (pois podem afetar os nervos auditivos);
  • alergias (porque aumentam a produção de histamina, elevando os riscos para o entupimento da tuba auditiva e, consequentemente, para a inflamação do sistema vestibular);
  • estresse excessivo;
  • efeitos colaterais a determinados medicamentos (especialmente alguns ansiolíticos e antibióticos).

E quais são os seus sintomas?

Os sintomas da labirintite, que podem variar entre leves, moderados e graves, incluem:

  • vertigem (tontura, sensação de estar flutuando, ver as coisas em movimento mesmo com a cabeça parada);
  • náusea ou sensação de mal-estar;
  • sensação de desmaio;
  • movimentos involuntários dos olhos;
  • ansiedade;
  • sudorese;
  • zumbido no ouvido;
  • perda parcial da audição;
  • cansaço excessivo;
  • sensibilidade alta a sons e movimentos.

Agora sim: como funciona a reabilitação vestibular para a labirintite?

Como já observamos brevemente no início desse bate-papo, a reabilitação vestibular (ou terapia do labirinto) é um tratamento focado no planejamento e na execução de exercícios personalizados para cada paciente, visando melhorar o equilíbrio corporal e, claro, atenuar os sintomas da labirintite.

Entre esses exercícios, os mais comuns e focados no tratamento da tontura incluem:

  • treinamento para a estabilização do olhar (gaze stabilization) – indicado para pessoas que não conseguem enxergar claramente enquanto estão em movimento;
  • exercícios de Cawthorne e Cooksey – engloba técnicas que treinam movimentos relacionados à cabeça, ao pescoço e aos olhos, e ao controle da postura corporal;
  • exercícios físicos gerais para retreinamento de equilíbrio – inclui alguns recursos interessantes para melhorar a estabilidade do corpo e, assim, possibilitar ao paciente exercer suas atividades diárias com mais tranquilidade, segurança e controle. São exemplos: caminhar fazendo rotações cervicais, subir e descer escadas, manter-se de pé em uma superfície macia (ou caminhar sobre ela), apoiar-se em apenas um pé com os olhos fechados e/ou abertos, entre outros.

Quanto tempo dura um programa típico de fisioterapia para labirintite?

Geralmente, os pacientes fazem de 1 a 2 sessões de fisioterapia a cada 7 dias, durante 6 – 8 semanas. No entanto, essa frequência pode variar de acordo com o diagnóstico, com a gravidade dos sintomas e com a resposta ao tratamento.

E, por fim: quais são os fatores que podem comprometer o sucesso da reabilitação vestibular?

Quando uma pessoa participa de um programa de reabilitação vestibular, diversos fatores podem afetar o seu potencial de recuperação.

Pacientes que apresentam um distúrbio vestibular estável como neurite vestibular ou labirintite, por exemplo, têm maiores chances de controlarem seus sintomas. No entanto, quando a pessoa sofre de um distúrbio vestibular progressivo como a esclerose múltipla, ou de uma condição flutuante como a enxaqueca ou a doença de Ménière, a compensação pode ser mais difícil de ser alcançada. Tudo depende, no fim das contas, da gravidade e da localização do problema (se ele está nas partes vestibulares, no cérebro etc).

São outros fatores que podem comprometer a evolução da fisioterapia para a labirintite:

  • ter um estilo de vida sedentário;
  • sofrer de outras condições médicas que possam interferir/limitar o tratamento;
  • certos medicamentos;
  • estressores emocionais (sofrimento relacionado ao trabalho ou qualquer outra circunstância, ansiedade, insônia, períodos de inatividade, mudanças na medicação, cirurgia, má alimentação etc).

Ufa!

Agora sim, encerramos os principais pontos sobre a reabilitação vestibular. Se você conhece alguém que esteja passando por dificuldades com relação à tontura ou, mais especificamente, à labirintite, não deixe de compartilhar esse texto!

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