A região do joelho é uma das mais suscetíveis a lesões. Você sabia? Isso ocorre porque as articulações deste local precisam suportar o peso do corpo e garantir a liberdade de movimento. Tudo isso exige muito esforço do joelho, cuja uma das lesões mais comuns é no ligamento cruzado anterior (LCA).
Esse tipo de problema é mais frequente em atletas, como os praticantes de futebol, basquete e outras atividades. No entanto, outras pessoas também podem ser vítimas de lesões no LCA e precisar de tratamento.
Quer saber mais sobre lesões no ligamento cruzado anterior? Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
Como é a anatomia do ligamento cruzado anterior?
Primeiro, saiba que a articulação do joelho é formada por estruturas ósseas e tecidos moles. Entre os ossos, existe o da perna (tíbia), o da coxa (fêmur) e a rótula (patela). Eles são conectados por 4 ligamentos, que atuam como se fossem um cabo.
Os ligamentos são responsáveis pela estabilidade e união dos ossos. Entre eles, existe o cruzado anterior, que liga o osso da coxa ao da perna. Esse nome surge justamente pelo cruzamento em formato da letra X que ele realiza para ligação.
Assim, ocorre o controle do joelho para frente e para trás. Outra atuação do LCA é a transmissão de informações sensoriais da articulação para o cérebro. Desse modo, é possível ajudar na melhor coordenação motora do indivíduo.
O que causa a lesão do ligamento cruzado anterior?
Conforme mencionado, uma das formas mais comuns de lesionar a região é por exercícios físicos de alta intensidade. Isso inclui a realização de movimentos que torcem o joelho, o chamado entorse. Nesse caso, a coxa gira excessivamente, enquanto o pé está fixo no chão. No entanto, não é toda torção nessa região que leva ao rompimento de ligamentos.
Também é possível lesionar o LCA quando o joelho sofre traumas diretos. E ainda, em situações de hiperextensão. Em casos como esses, ocorre um descontrole do alongamento do joelho, que é mais esticado do que o recomendado. Isso costuma acontecer ao saltar e cair com o joelho muito esticado, por exemplo.
Outro contexto com chances de levar ao rompimento do ligamento cruzado anterior é durante a realização de atividades rotineiras. É o caso de caminhadas pela rua, que podem levar a quedas em buracos ou tropeços em degraus.
Alguns estudos apontam que mulheres têm uma maior propensão a sofrer lesões LCA do que homens. Isso é justificado pela diferença no condicionamento físico, controle neuromuscular e força muscular. E ainda, os hormônios femininos e a frouxidão no ligamento do corpo da mulher são outros motivos apontados.
Como se caracteriza a lesão do LCA?
As lesões do ligamento cruzado anterior podem ocorrer de forma completa, em que todas as partes da região foram comprometidas. Nesse caso, não ocorre cicatrização e o joelho passa por sérios problemas de instabilidade.
Também existe a lesão parcial, em que uma parte é rompida e a outra permanece íntegra. Assim, existe a probabilidade de cicatrização. De todo modo, saiba que outras estruturas podem se lesionam junto o LCA. É o caso da cartilagem articular e o menisco medial.
Para entender melhor, saiba que as lesões de ligamento são classificadas conforme o nível de gravidade. Confira:
- grau 1: o ligamento foi machucado de leve, ainda é possível manter as articulações do joelho fixas;
- grau 2: o ligamento é solto e pode ser definido como uma ruptura parcial;
- grau 3: a ruptura do ligamento é total e ele é separado em duas partes, o que leva a instabilidade do joelho.
Quais são os sintomas da lesão do LCA?
O sinal inicial de que o ligamento pode ter se rompido é um barulho no joelho. Em seguida, há o sinal de fortes dores e a sensação de que a região foi deslocada. Algumas horas depois desses três indícios, o joelho pode apresentar inchaço.
Tanto a dor quanto o inchaço tendem a passar com o tempo. Entretanto, é natural que o joelho apresente algum grau de instabilidade cronicamente. Assim, repetir atividades físicas sem tratamento deve causar novos prejuízos na cartilagem da região.
Além disso, mesmo que outros danos não ocorram, é comum que haja desconforto ao caminhar. Isso reduz a capacidade de movimentação. Com o tempo, os sintomas que mais prevalecem costumam ser o falseio, a sensação de que o joelho saiu do lugar.
Mesmo que o falseio não ocorra para alguns pacientes, a insegurança quanto a realização de demandas que exigem mais do joelho são frequentes. Em situações como essas, o grau da lesão do LCA pode ter sido o 2, com consequências parciais.
Como diagnosticar a lesão do ligamento cruzado inferior?
Diante dos inúmeros problemas que esse tipo de lesão pode ocasionar, é fundamental procurar assistência para realizar o diagnóstico. Isso é feito por exames clínicos, como testes para avaliar a região do joelho afetada e compará-lo com o outro.
O passo seguinte é a avaliação pela ressonância, já que nem sempre a clínica é suficiente. Esse exame analisa a existência de derrame articular e a integridade das estruturas do joelho. Isso ajuda a definir se houve lesão e o grau acarretado.
Qual é o tratamento para lesão do LCA?
Após o diagnóstico do problema, o médico deve sugerir o melhor tratamento, que varia conforme as necessidades dos pacientes. Por exemplo, para atletas jovens, a realização de cirurgias para reconstruir o ligamento pode ser a melhor opção.
Também existem pessoas que não realizam uma carga tão intensa de atividades físicas, como idosos. Então, a melhor indicação de tratamento tende a ser os não cirúrgicos. Assim, usar órteses e muletas, que protegem o joelho da instabilidade e sobrecargas, são algumas das recomendações.
Existe ainda a indicação de fisioterapia e pilates, à medida que o inchaço diminui. Nesses casos, são realizados exercícios específicos para restaurar e fortalecer os músculos em torno do joelho.
Seja qual for o tratamento indicado pelo médico, é fundamental tomar cuidado com lesões no ligamento cruzado anterior. Afinal, trata-se do componente de uma região com inúmeras funções, como a sustentação corporal, por exemplo.
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