O linfedema, doença crônica sem cura, é caracterizado pelo edema (inchaço) nos braços ou pernas. Isso ocorre devido à diminuição da velocidade do fluxo linfático através do sistema linfático, fazendo com que o líquido se acumule sob a pele.
A causa mais comum para essa condição é a remoção dos gânglios linfáticos – linfonodos. Contudo, também pode ser hereditária, ou causada por alguma obstrução que bloqueie o movimento da linfa, ou ainda por infecções, câncer ou aparecimento de tecido cicatricial devido à radioterapia.
Vale ressaltar, ainda, que o edema associado ao linfedema pode ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo braços, pernas, órgãos genitais, rosto, pescoço, parede torácica e cavidade oral.
Pessoas afetadas por essa doença devem procurar um fisioterapeuta especialista em reabilitação vascular o quanto antes, afinal, mesmo não tendo cura, é possível administrá-la e tratá-la.
Para saber todos os detalhes sobre o linfedema, continue conosco!
Tipos
Podemos classificar o linfedema de acordo com as seguintes categorias:
- primário – diz respeito a uma condição hereditária rara em que os linfonodos e vasos linfáticos estão ausentes ou anormais;
- secundário – pode ocorrer após uma infecção, traumas musculares evidentes ou tratamento do câncer – quando os linfonodos são removidos cirurgicamente ou danificados pela radioterapia. Isso costuma impedir que o fluido linfático flua livremente e/ou lentamente pelo sistema linfático.
Sinais e sintomas
Na maioria dos casos, o linfedema pode causar:
- edema nos braços, pernas, ombros, mãos, dedos, peito ou pescoço;
- pele com aparência mais espessa do que o normal na área afetada – aspecto de casca de laranja;
- formigamento, fraqueza ou sensação de peso nos braços/pernas;
- dificuldade para movimentar certas articulações, como pulso ou tornozelo;
- infecções repetidas nos braços/perna;
- pode também causar dores nas articulações;
- dificuldade para fazer suas atividades diárias.
Atenção: em casos de febre, calafrios, vermelhidão, inchaço ou dor no membro com linfedema é possível que haja uma infecção, procure por ajuda médica imediatamente.
Diagnóstico
Além do exame físico, o fisioterapeuta costuma coletar as seguintes informações sobre o paciente:
- peso real em comparação com o ideal;
- medidas da circunferência dos braços, pernas, tórax e pescoço;
- habilidade/níveis de dificuldade para fazer atividades cotidianas como, por exemplo, tomar banho e se arrumar, vestir-se e despir-se, ou caminhar, comer e beber;
- se há histórico de edema, radioterapia, tratamentos com quimioterapia ou cirurgia;
- história de outras condições crônicas de saúde, como diabetes, pressão alta, doença renal, doença cardíaca ou flebite (inflamação das veias) e histórico familiar.
Como a fisioterapia pode ajudar na administração do linfedema?
O fisioterapeuta, junto ao paciente, planejará um programa de tratamento para ajudar a controlar o edema e, claro, atingir objetivos específicos para cada caso.
Nos estágios iniciais do linfedema, quando o edema é leve e, na maioria das vezes podemos controlar através de tratamentos que estimulam o fluxo linfático, como:
- uso de meias de compressão;
- exercícios miolinfocinéticos e aeróbios;
- elevação do membro afetado.
Para inchaços mais graves, a terapia complexa descongestiva deve ser realizada com o objetivo de aumentar o fluxo e velocidade da linfa. Nela, costumam ser executadas:
- técnicas de drenagem linfática manual;
- programa de exercícios personalizados – exercícios miolinfocinéticos;
- bandagem de compressão (enfaixamento compressivo – elástico e/ou inelástico) que contribui na redução do edema;
- cuidados em geral como: higienização da pele e das unhas para reduzir o risco de infecção.
Por fim, o fisioterapeuta monitorará cuidadosamente a perimetria (medida) do(os) membro(os) afetado(os) durante todo o tratamento. Uma vez que as medidas estejam reduzidas, o profissional fará um acompanhamento detalhado e apropriado para a necessidade de cada paciente.
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