A incontinência urinária, como o próprio nome indica, é caracterizada pela perda involuntária de urina. Mais frequente em mulheres, ela pode causar bastante desconforto e afetar drasticamente a qualidade de vida de uma pessoa, principalmente por fazer com que ela não consiga reter o xixi como deveria. O resultado varia entre vazamentos, jato urinário fraco e a necessidade de ir ao banheiro mais vezes.
A principal causa dessa condição é o enfraquecimento do esfíncter e/ou dos músculos do assoalho pélvico. Esses músculos, ao se fixarem nos ossos inferiores da pelve, formam uma estrutura que, além de apoiar os órgãos internos (especialmente bexiga e uretra), controlam o desempenho do esfíncter. Este, por sua vez, é responsável (também) pela contração da uretra e, assim, a prevenção da perda urinária.
Existem diferentes tipos de incontinência urinária. Os principais são:
- incontinência de esforço: ocorre quando há aumento da pressão intra-abdominal e os músculos do assoalho pélvico não têm controle para manter a continência. Pessoas com esse tipo de incontinência costumam perder urina durante uma atividade física, ou simplesmente ao rir/espirrar;
- incontinência de urgência: aqui, a pessoa sente uma necessidade súbita e forte de urinar, e não consegue prender o xixi até chegar ao banheiro;
- incontinência mista: é quando se sofre de incontinência de estresse, e de urgência;
- incontinência funcional: mesmo sem sentir uma vontade intensa de urinar, a pessoa com esse tipo de incontinência podem não conseguir reter a urina quando está a caminho do banheiro.
No mais, o tratamento para essa condição depende de uma série de fatores como, por exemplo, o tipo da incontinência, a idade do paciente e o seu estado geral de saúde. Além disso, existem várias formas de controlar essa doença que variam desde cirurgia e medicamentos, até a fisioterapia. Hoje, falaremos desse último (e talvez mais eficaz) exemplo!
Vamos lá?
Como a fisioterapeuta pode ajudar na incontinência urinária?
Melhorando a função muscular do assoalho pélvico (aquela “rede” de músculos da pelve que citamos no começo desse bate-papo). Para isso, o fisioterapeuta fará uma avaliação completa do paciente e, a partir desta, fará um programa de tratamento individualizado.
O objetivo geral desse plano é fazer com que a pessoa:
- consiga controlar/lidar melhor com os sintomas da incontinência;
- reduza a necessidade de usar absorventes e roupas íntimas especiais, medicamentos para incontinência e, possivelmente, cirurgia;
- fortalecer a musculação do assoalho pélvico.
Sobre fisioterapia para incontinência urinária: quais são as condutas mais comuns?
O profissional, durante as sessões, “ensinará” o paciente a sentir o movimento dos músculos do assoalho pélvico, tensionando-os e liberando-os. Para isso, existem uma série de exercícios para incontinência urinária como:
- Kegel: o exercício de Kegel é realizado quando se comprime os músculos do esfíncter, simulando o ato de quando tentamos interromper o fluxo de urina, e depois relaxar por 15 segundos. Esse processo deve ser repetido cerca de 10 vezes, e realizado três vezes por dia. Vale ressaltar, ainda, que essas orientações podem ser alteradas de acordo com as necessidades e limitações do paciente.
- Biofeedback: dependendo dos sintomas e nível de conforto, o fisioterapeuta pode recorrer a um equipamento que, por meio de alguns eletrodos, consegue medir delicadamente a atividade muscular do assoalho pélvico. O objetivo é ajudar o paciente a se tornar mais consciente da maneira correta de usar os músculos do assoalho pélvico.
- Fortalecimento muscular: diz respeito a uma série de exercícios para incontinência urinária específicos que alongam e fortalecem outros músculos importantes que ajudam a manter o funcionamento adequado da bexiga.
- Estimulação elétrica: a depender do caso, o profissional pode utilizar estimulação elétrica suave para ajudar a melhorar sua percepção da função muscular.
E, por fim: que tipo de fisioterapeuta trata a incontinência urinária?
O(a) profissional mais qualificado(a) para tratar a incontinência urinária por meio de fisioterapia é o fisioterapeuta com especialização em saúde da mulher, e/ou em terapias do assoalho pélvico.
Caso você tenha mais alguma dúvida sobre esse assunto, não hesite em marcar uma consulta conosco! Juntos, pensaremos na melhor alternativa para o seu caso, combinado?
Gostou do texto? Mantenha-se sempre atualizado com o nosso Blog e redes sociais (Facebook e Instagram)! Estamos te esperando.