O mal de Alzheimer, categorizado como uma das principais formas de demência, é uma doença neurodegenerativa que, progressivamente, compromete a independência e a autonomia do paciente. Isso acontece porque ela afeta, principalmente, a região do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado e, com o tempo, progride para o restante do órgão, minando outras habilidades cognitivas-comportamentais e até mesmo motoras.
A grande questão, aqui, é a seguinte: muitas pessoas associam essa doença (e com razão) apenas à perda de memória. No entanto, assim como qualquer outro transtorno que deteriora as funções cerebrais, o Alzheimer traz desafios físicos. Em outras palavras, um indivíduo que sofre dessa condição, além de se lembrar cada vez menos de certas situações e circunstâncias, também perde lentamente a capacidade de realizar atividades diárias simples como tomar banho, usar o banheiro, vestir-se e alimentar-se. Vale ressaltar, ainda, que o paciente tende a perder força, equilíbrio e mobilidade à medida que a doença avança.
A boa notícia, no entanto, é que apesar de conversarmos aqui sobre um transtorno que ainda não tem cura, saiba que é possível administrá-lo. Para isso, uma equipe médica composta por várias especialidades estrutura um plano de tratamento que, por meio de uma série de técnicas e abordagens, oferece ferramentas à pessoa afetada para que ela tenha, na medida do possível, mais liberdade, independência e autonomia durante sua jornada. Hoje, vamos falar sobre uma das mais importantes!
Sem mais delongas, o tema do nosso bate-papo será o papel da fisioterapia no tratamento do Alzheimer. Para saber, então, como essa ciência pode contribuir para a vida de um paciente que sofre dessa condição, continue conosco.
A fisioterapia no tratamento do Alzheimer: o que você precisa saber?
Quando pensamos no tratamento essa condição (que, por sinal, varia de caso para caso), o fisioterapeuta entra para manter a funcionalidade do paciente pelo maior tempo possível. Para isso, ele desenvolve um programa de exercícios que visa reduzir o risco para quedas, melhorar o equilíbrio e trabalhar a coordenação motora. No entanto, não se preocupe: vamos dar um passo de cada vez.
Veja abaixo, 4 utilidades que essa especialidade pode oferecer a pacientes que sobrem de mal de Alzheimer:
1. Diminuição da agressividade e melhora do humor
Agressividade e depressão costumam ser traços que se desenvolvem ao longo da progressão do Alzheimer. Sendo assim, para evitar que eles se agravem e até mesmo apareçam, podemos recorrer à fisioterapia para manter o paciente ativo e, assim, garantir que ele receba todos os benefícios que uma atividade física é capaz de oferecer. Entre eles, os mais significativos são:
- a melhora do humor (afinal, a prática de alongamentos e movimentos ativos libera endorfina, hormônio que tem como principais funções reduzir a tensão do corpo e proporcionar as sensações de prazer e felicidade);
- o aumento da autonomia e, consequentemente, a manutenção da autoestima (vamos falar um pouco mais sobre esse assunto no tópico seguinte, mas aí vai uma prévia: a prática de exercícios é essencial para melhorar a resistência e o equilíbrio do corpo, fatores essenciais para a independência e autonomia de qualquer pessoa).
2. Aumento da mobilidade e da força
A doença de Alzheimer geralmente afeta o equilíbrio e, por isso, pode elevar o risco para quedas. A fisioterapia entra, então, para:
- manter os ossos e os músculos fortes à medida que a coordenação diminui;
- ajudar o paciente a construir uma boa memória muscular e, dessa forma, prevenir as quedas (afinal, mesmo que o cérebro perca, gradativamente, a capacidade de identificar/registrar superfícies instáveis, os músculos permanecem respondendo instintivamente a elas).
3. Manutenção da independência
Atividades diárias como tomar banho, vestir-se, alimentar-se e ir ao banheiro podem se tornar desafiadoras à medida que o Alzheimer evolui. Nesse ponto, a presença de um fisioterapeuta é essencial para que o paciente tenha acesso a inúmeras técnicas que, juntas, lhe possibilitam continuar realizando essas tarefas pelo maior tempo possível. Os aspectos mais trabalhados, aqui, costumam ser:
- manutenção do equilíbrio;
- aumento da amplitude de movimento;
- prevenção de atrofias;
- controlar/melhorar a postura;
- melhorar o padrão de marcha.
Agora sim!
Viu como é importante entender o papel da fisioterapia no tratamento do alzheimer? Para ter acesso a profissionais especializados nessa área, não deixe de entrar em contato conosco e marcar uma consulta! Será um prazer recebê-lo(a).