Sobre bullying e acompanhamento psicológico: o que você precisa saber? - Profisio Center Skip to main content

Ao longo das últimas décadas, o bullying tem se tornado um assunto cada vez mais relevante em nossa sociedade. A grande questão, no entanto, é que muitas pessoas sabem, de fato, identificá-lo e até mesmo tratá-lo. Contudo, pouco se sabe sobre o porquê ele acontece e quais providências tomar, seja se o seu filho é um bully, ou uma criança que sofre abusos físicos e psicológicos de outros colegas.

Pensando nisso, preparamos um bate-papo com tudo o que você precisa saber sobre essa prática, desde como ela acontece até a importância de procurar por ajuda psicológica para lidar com toda essa situação. Sendo assim, sente-se confortavelmente e venha conosco.

Do começo: o que é o bullying?

O termo bullying, quando traduzido para a nossa língua, significa “assédio moral”. Já a expressão designada ao praticante, conhecida como “bully” em inglês, quer dizer “valentão” em português. Depois desse pequeno exercício de tradução, fica mais fácil entender esses conceitos, não é mesmo.

Em sentido “macro”, o bullying diz respeito ao mau comportamento com o próximo. O ato, além de frequente, costuma envolver agressões físicas, verbais e/ou relacionais. Vale ressaltar, ainda, que ele é mais comum em escolas, no entanto, pode ser encontrado em outros ambientes e circunstâncias como, por exemplo, o trabalho, a faculdade e até mesmo em uma roda de velhos amigos.

Por que as pessoas praticam o bullying?

Diversos estudos, um deles publicado em 2013, demonstram que um dos principais motivos pelos quais o bullying acontece é porque os agressores (bullies) tendem a ser intimidados e agredidos por suas próprias famílias. Sendo assim, eles observam e reproduzem esse comportamento agressivo e raivoso com outras pessoas.

No mais, são outros motivos igualmente plausíveis para tal prática:

  • não receber atenção o suficiente de seus pais e familiares;
  • insegurança e/ou baixa autoestima;
  • tornar-se um bully para se proteger da agressão de outros;
  • juntar-se a outros bullies para se sentir pertencente a um grupo.

Tipos

Atualmente, existem quatro tipos principais de bullying. São eles:

  • Verbal: diz respeito ao uso de palavras para machucar e/ou ofender o outro. Inclui xingamentos, provocações, ameaças, comentários impróprios.
  • Social: também chamado de bullying relacional, essa categoria é caracterizada por ameaças à reputação ou aos relacionamentos de uma pessoa. Costuma envolver práticas como exclusão, produção de rumores/fofocas e humilhação em público.
  • Físico: engloba qualquer forma de contato físico agressivo como, por exemplo, bater, chutar, empurrar, fazer gestos inapropriados, quebrar as coisas de alguém etc.
  • Cyberbullying: diz respeito ao assédio moral online. Pode acontecer em qualquer meio de comunicação online, sendo as mídias sociais as mais comuns.

Os efeitos do bullying

Crianças e adolescentes que sofrem bullying costumam desenvolver:

  • baixa autoestima;
  • perda de interesse em atividades sociais (e até mesmo fobia social);
  • pensamentos de automutilação ou suicídio;
  • transtornos alimentares;
  • pesadelos;
  • perda de interesse pela escola;
  • dificuldade de concentração.

Como saber se uma criança está sofrendo bullying?

Intencionalmente, o bullying acontece fora da vista dos adultos. No entanto, existem alguns sinais de alerta que costumam denunciar essa prática. Entre eles, podemos citar:

  • sinais físicos como cortes, hematomas ou arranhões que não são facilmente explicados;
  • má vontade ou medo de ir à escola (ou ainda querer sair desta);
  • mau desempenho nas matérias sem motivo aparente;
  • aparentar mal-humor, tristeza, depressão ou cansaço excessivo ao chegar em casa;
  • ter episódios de perda de apetite ou, ainda, desenvolver distúrbios alimentares;
  • voltar para casa com os pertences rasgados, danificados ou desaparecidos;
  • insônia.

Qual é a importância do psicólogo na compreensão e intervenção do bullying?

Por causa de todo o treinamento, experiência e colaborações com outras pessoas (seja em escolas ou comunidades), os psicólogos têm papéis únicos e críticos na prevenção e diminuição do bullying. Afinal, eles podem:

  • oferecer aconselhamento e treinamento de habilidades para ajudar as crianças que praticam bullying a gerenciar sua raiva;
  • ajudar o paciente que sofre bullying a desenvolver estratégias de enfrentamento que protejam e fortaleçam sua saúde emocional;
  • ajudar os líderes de escolas e comunidades a avaliarem a quantidade e a natureza do bullying e orientá-los sobre os possíveis métodos de prevenção dessa prática;
  • implementar (seja nas escolas, nas comunidades ou nas organizações) estratégias eficazes e cientificamente comprovadas de prevenção ao bullying;
  • treinar educadores, membros da comunidade, famílias e jovens sobre a natureza e a prevalência do bullying, assim como seus efeitos e consequências à saúde emocional do próximo.

Ufa!

O bate-papo de hoje foi extremamente importante para aprendermos algumas coisas como, por exemplo, o que é bullying e como procurar ajuda para evitá-lo e amenizá-lo. Para ter acesso a mais conteúdos como este, fique de olho em nosso blog e acompanhe nossos perfis nas redes sociais (Facebook e Instagram).

No mais, cuide-se bem e até a próxima.