Exposição às telas e atraso no desenvolvimento da fala: qual é a relação? - Profisio Center Skip to main content

A tecnologia se tornou uma parte integral de nossas vidas, e o público infantil não é uma exceção a essa regra. Dia após dia, os pequenos estão cada vez mais expostos às telas, seja assistindo televisão, jogando videogames ou usando tablets/smartphones.

A grande questão é que, por mais que os dispositivos eletrônicos sejam incríveis aliados no dia-a-dia, há crescentes questionamentos sobre o impacto destes na saúde e no desenvolvimento das crianças. Um dos aspectos mais preocupantes e, portanto, o assunto principal do bate-papo de hoje, é a relação entre o atraso no desenvolvimento da fala e a exposição prolongada às telas.

Para saber todos os detalhes sobre esse tema, continue conosco.

A importância do desenvolvimento da fala na infância

A aquisição da fala é um processo complexo que envolve não só a compreensão da linguagem como, também, a capacidade de expressá-la corretamente. Sendo assim, o atraso no desenvolvimento dessa habilidade costuma provocar impactos negativos como, por exemplo, problemas de socialização, baixa autoestima e dificuldades acadêmicas.

É claro que, desde os primórdios, inúmeros fatores podem comprometer a evolução da fala. No entanto, um dos mais discutidos atualmente é a exposição excessiva às telas e suas potenciais consequências para a comunicação infantil. Para saber do que estamos falando, continue conosco.

Como a exposição às telas pode afetar o desenvolvimento da fala

O contato excessivo com as telas pode comprometer o desenvolvimento da fala porque costuma reduzir as chances que as crianças têm de se comunicarem e, consequentemente, se exporem à linguagem real.

Quando os pequenos passam muito tempo em frente às TVs e aos celulares, por exemplo, é natural que eles percam oportunidades importantes para ouvir e interagir com outras pessoas, o que pode afetar negativamente o desenvolvimento de habilidades linguísticas como a capacidade de compreender e produzir sons, palavras e frases.

A criança entra no piloto automático, sendo uma simples expectadora, acumuladora de informações, como se enchesse a memória de trabalho de um computador, com um conteúdo que por ela não será colocado em prática.

Outros perigos da exposição excessiva às telas

O uso excessivo de telas pode acarretar inúmeros problemas de saúde que vão para além da comunicação como, por exemplo:

  • obesidade: pequenos que passam muito tempo em frente às telas tendem a ter um estilo de vida mais sedentário, o que pode levar ao sobrepeso.
  • Problemas de sono: a exposição à luz azul (emitida por qualquer aparelho eletrônico) antes de dormir pode afetar a noite das crianças, dificultando o adormecimento e a qualidade do sono.
  • Problemas de visão: crianças que ficam muito tempo em frente às telinhas têm maior risco de desenvolver problemas como visão cansada, olho seco, enxaqueca, entre outros.
  • Problemas de postura: passar muito tempo assistindo televisão ou mexendo no celular pode levar a uma postura inadequada e, consequentemente, causar dores nas costas e no pescoço.

Vale reforçar que os dispositivos eletrônicos podem ser uma ótima ferramenta de aprendizado e comunicação, desde que usados de maneira equilibrada e com moderação. É importante, então, que os pais e cuidadores estejam cientes do tempo que as crianças passam em frente às telas e tentem limitá-lo, sempre que possível, em favor de outras atividades que promovam o desenvolvimento da fala e da linguagem como leitura em voz alta, brincadeiras, conversas e atividades físicas.

E, por fim: o tempo recomendado de exposição a telas para cada idade

É importante ressaltar que o tempo de exposição a telas recomendado para crianças varia conforme a idade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tempo máximo recomendado é de 1 hora por dia para crianças entre 2 e 5 anos, e de 2 horas por dia para crianças acima de 6 anos.

Essas recomendações estão baseadas em estudos científicos que mostram que o excesso de exposição a telas pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. Um estudo publicado na revista Jama Pediatrics em 2019, por exemplo, mostrou que crianças entre 2 e 5 anos que passavam mais de 1 hora por dia em frente a telas tinham maior risco de apresentar atrasos no desenvolvimento da fala.

Outro estudo, publicado no jornal Lancet Child & Adolescent Health em 2019, mostrou que o uso excessivo de telas por crianças pode levar a problemas de sono, obesidade e déficit de atenção. Os pesquisadores recomendaram que os pais estabeleçam limites claros para o tempo de exposição a telas e incentivem atividades físicas e de interação social.

Portanto, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos ao tempo que as crianças passam em frente a telas e estabeleçam limites saudáveis para garantir o bem-estar e o desenvolvimento adequado dos pequenos.

Ufa!

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