Imagine um quebra-cabeças complicado. Cada peça, apesar de única, carrega um só propósito: formar, junto às outras, uma grande ilustração. No entanto, a depender da situação, é comum que algumas destas peças não se encaixem ao grupo com tanta facilidade. Assim é o autismo: um puzzle singular e intrigante no mundo das condições médicas.
Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), este é uma condição que, apesar de ser cada vez mais discutida na sociedade, ainda não é compreendida por completo. E quando acrescentamos as crianças nessa equação, a jornada pode ser ainda mais desafiadora, porém repleta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Pensando nisso, separamos o bate-papo de hoje para conversarmos sobre a importância das atividades terapêuticas para as crianças com o TEA e, claro, como os pais podem ajudar nesse processo. Vamos lá?
Do começo: o que é o autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa pensa, se comporta e interage com o mundo ao seu redor. Ele é caracterizado por uma ampla variedade de sintomas, habilidades e níveis de funcionamento, daí o termo “Transtorno do Espectro Autista” (TEA).
Isso significa, basicamente, que duas crianças com autismo podem ter experiências muito diferentes. É por isso que nós, inclusive, associamos essa condição a um quebra-cabeças no começo desse bate-papo.
Como o TEA é um tema amplamente discutido por nossa equipe, escolhemos não nos estendermos por aqui. Contudo, caso você queira se aprofundar neste assunto, aproveite a visita para conferir os seguintes artigos:
- Autismo: o que é, sintomas e tratamentos
- Problemas de linguagem, fala e comunicação no autismo
- Terapia de linguagem para crianças com autismo
A importância das terapias para crianças com autismo
As terapias desempenham um papel crucial no tratamento e no desenvolvimento de crianças com TEA. Afinal, elas ajudam a melhorar as habilidades de comunicação, interação social e comportamento do(a) pequeno. Isso permite, no fim das contas, que ele(a) se torne mais independente e cada vez mais ativo na sociedade.
Vale ressaltar, no entanto, que existem vários tipos de terapias para crianças com autismo. Por isso, é de extrema importância que a família mantenha os acompanhamentos médicos dos pequenos em dia. Dessa forma, eles, junto aos profissionais envolvidos, conseguirão escolher a opção mais viável e eficaz para o paciente em questão.
Contudo, como não gostamos de dar “pontos sem nó”, que tal explorarmos um pouco mais essas alternativas terapêuticas para que você não fique perdido durante as consultas? É só continuar conosco!
Os principais tipos de terapias para crianças com TEA
As terapias mais utilizadas para ajudar no crescimento e desenvolvimento das crianças com autismo incluem:
- Terapia Comportamental: terapias comportamentais como, por exemplo, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), são especialmente focadas em modificar comportamentos problemáticos e desenvolver habilidades sociais e de comunicação.
- Terapia da fala e linguagem: ajuda a criança a melhorar suas habilidades de comunicação verbal e não verbal.
- Terapia ocupacional: concentra-se em ajudar o(a) pequeno(a) a desenvolver habilidades práticas para realizar atividades do dia a dia de forma independente.
- Terapia de integração sensorial: ajuda o(a) paciente a lidar com problemas sensoriais, como hipersensibilidade ou hipoatividade sensorial.
Dentro de cada uma destas abordagens, existem diversas atividades terapêuticas que merecem a nossa atenção. Que tal conversamos um pouco mais sobre elas?
Exemplos de atividades terapêuticas para crianças com autismo
Cada especialidade terapêutica explora os exercícios e as atividades para crianças com TEA de uma forma singular, ou seja, adaptada para as necessidades e objetivos de cada paciente. No entanto, todas elas possuem algumas estratégias em comum como, por exemplo:
- brincadeiras estruturadas (pois criam um ambiente previsível, seguro e lúdico para a criança explorar e desenvolver suas habilidades psicomotoras/sociais);
- comunicação visual (utiliza cartões repletos de símbolos e ilustrações que podem facilitar não só a comunicação com a criança, mas também a forma como ela pode expressar suas necessidades e emoções);
- atividades sensoriais (proporciona experiências como tocar em diferentes texturas como faixas coloridas de cetim, papel veludo, cartão, pedras, madeira, isopor, plástico, tintas, pincéis, bolinhas de papel e de algodão ou brincar com massinha de modelar, ajudando a criança a se tornar menos sensível a certos objetos e formatos);
- jogos sociais (incentiva atividades em grupo que promovam a interação social e a colaboração entre as crianças);
- artes e música (exploram atividades para estimular a criatividade e a expressão do(a) paciente).
E, por fim: como os pais podem contribuir nesse processo?
Há quem pense que as atividades terapêuticas para crianças com autismo é uma coisa que só os profissionais da área precisam se preocupar. No entanto, acredite: os pais desempenham um papel fundamental no processo de terapia de seus filhos. Aqui estão algumas maneiras pelas quais eles podem contribuir:
- educação (aprenda sobre o autismo, as terapias disponíveis e as necessidades específicas de seu filho);
- comunicação (mantenha uma comunicação aberta com a equipe terapêutica e esteja envolvido no processo de tomada de decisões);
- consistência (mantenha rotinas e estruturas consistentes em casa para que seu filho possa se sentir seguro);
- amor e aceitação (acolha seu(sua) filho(a) reconhecendo suas conquistas e apoiando-o(a) em seus desafios).
Agora sim!
Em resumo, o TEA é realmente um quebra-cabeças único. No entanto, compreender o transtorno, buscar alternativas eficazes e envolver-se ativamente no processo pode ajudar as crianças a atingirem seu potencial máximo!
Sendo assim, não hesite em buscar por apoio profissional e recursos adicionais (especialmente as atividades terapêuticas para crianças com autismo) para ajudar seu filho a trilhar um caminho de sucesso e felicidade.
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