As lesões por esforço repetitivo (LER) são um problema comum na sociedade moderna, especialmente entre aqueles que realizam tarefas repetitivas no trabalho ou têm hábitos que colocam uma carga excessiva em determinadas partes do corpo.
Neste artigo, então, exploraremos o que são elas e por que ocorrem, os tipos mais comuns e seus sintomas, quando procurar por ajuda médica (e de qual especialidade), opções de tratamento e, o mais importante, seis dicas essenciais de como preveni-las. Vamos lá?
O que são lesões por esforço repetitivo (LER)?
As lesões por esforço repetitivo, como o próprio nome sugere, são danos físicos causados por atividades repetitivas ou movimentos específicos.
Elas afetam principalmente os músculos, os tendões e os nervos, resultando em dor, desconforto e até mesmo incapacitação. Outro detalhe: a LER pode se desenvolver ao longo do tempo devido à tensão constante em determinadas áreas do corpo e, por isso, merece a sua atenção.
Por que as lesões por esforço repetitivo acontecem?
As LER têm diversas causas, sendo as principais relacionadas à repetição constante de movimentos, posturas inadequadas, força excessiva e atividades prolongadas sem descanso adequado. Além disso, fatores ergonômicos desfavoráveis no ambiente de trabalho também contribuem para o desenvolvimento dessas lesões.
Tipos mais comuns de LER
Existem diversos tipos de lesão por esforço repetitivo que podem, inclusive, afetar diferentes partes do corpo. Os comuns incluem:
1. Tendinite
A tendinite ocorre quando os tendões, que conectam os músculos aos ossos, sofrem inflamação devido a movimentos repetitivos ou esforço excessivo. Isso pode resultar em dor, inchaço e dificuldade de movimento na área afetada.
2. Síndrome do Túnel do Carpo
Essa síndrome envolve a compressão do nervo mediano no pulso, comum em atividades que exigem movimentos repetitivos das mãos e pulsos, como digitação. Os sintomas, por sua vez, incluem formigamento, fraqueza e dor.
3. Epicondilite lateral (Cotovelo de Tenista)
Caracterizada pela inflamação dos tendões no lado externo do cotovelo, a epicondilite lateral ocorre devido a movimentos repetitivos do antebraço e pulso. Pode resultar em dor ao levantar objetos ou apertar as mãos.
4. Síndrome de Quervain
Esta síndrome afeta os tendões que controlam o movimento do polegar, causando dor e inchaço na base deste. Movimentos repetitivos como torcer objetos, por exemplo, são frequentes causadores.
5. Dedo em gatilho
Conhecido como tenossinovite estenosante dos flexores dos dedos, o dedo em gatilho resulta em dificuldade para estender ou flexionar os dedos. Movimentos repetitivos, como agarrar ferramentas, podem causar essa condição.
6. Bursite
A bursite ocorre quando as bolsas cheias de líquido (bursas) entre ossos, tendões e músculos ficam inflamadas. Costuma causar dor e inchaço, além da irritação dessas bursas.
Quais são os sinais e sintomas da LER?
Os sinais e sintomas da lesão por esforço repetitivo podem variar dependendo da área do corpo afetada, da gravidade da lesão e de outros fatores individuais. No entanto, alguns dos principais eventos associados a essa condição incluem:
- dor – é um sintoma predominante na LER e é geralmente descrita como uma sensação de desconforto, ardor, fisgada ou dor latejante. A intensidade pode variar de leve a grave;
- formigamento ou dormência – sensações de formigamento, dormência ou “alfinetadas e agulhadas” podem indicar comprometimento nervoso, o que é comum em algumas formas de LER;
- inchaço – a inflamação dos tecidos afetados pode resultar em inchaço na área. Tal sintoma pode ser visível e sensível ao toque;
- rigidez ou fraqueza muscular – a rigidez nas articulações afetadas ou a fraqueza nos músculos envolvidos em determinado movimento podem ser sintomas de LER;
- redução da amplitude de movimento – a capacidade de realizar certos movimentos pode ser comprometida devido à dor e à rigidez associadas à LER;
- fadiga – fadiga muscular excessiva, mesmo após períodos curtos de atividade, pode ser um sinal de LER;
- dificuldade nas atividades cotidianas – a LER pode interferir nas atividades diárias, como segurar objetos, digitar, escrever, levantar itens ou outras tarefas dependentes da(s) área(s) afetada(s);
- agravamento com atividade – os sintomas muitas vezes pioram durante ou após a realização de atividades específicas, especialmente aquelas que envolvem movimentos repetitivos;
- dor noturna – a dor pode persistir ou intensificar durante a noite, interferindo no sono;
- alterações na sensibilidade tátil – em alguns casos, pode ocorrer uma alteração na sensibilidade tátil, como o aumento da sensibilidade ao toque.
Antes de continuarmos, é importante ressaltar que tais sinais e sintomas podem se manifestar de maneira gradual e, ainda, piorar com o tempo.
Logo, se você suspeita de uma lesão por esforço repetitivo com base nesses exemplos, é fundamental procurar por orientação médica. Dessa forma, o diagnóstico preciso e o desenvolvimento de um plano de tratamento apropriado estarão garantidos.
Quando procurar por ajuda médica?
Se você experimentar sintomas persistentes e/ou notar qualquer alteração em sua capacidade de realizar tarefas diárias devido à dor, é crucial procurar por ajuda médica. Ignorar os sintomas pode levar a complicações mais sérias e prolongar o processo de recuperação.
Quais especialistas lidam com a LER?
Os profissionais mais adequados para lidar com lesões por esforço repetitivo são os ortopedistas e os fisioterapeutas. Afinal, são estes os especialistas que têm conhecimento avançado e aprofundado para diagnosticar e tratar problemas musculoesqueléticos.
Como são tratadas as lesões por esforço repetitivo?
O tratamento varia conforme a gravidade da lesão, mas frequentemente inclui repouso, fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. A reabilitação é crucial para restaurar a função e prevenir recorrências, portanto não deixe de procurar por ajuda profissional.
6 dicas de como prevenir as lesões por esforço repetitivo
- Ergonomia no trabalho: ajuste sua estação de trabalho para promover posturas adequadas e reduzir o estresse nas articulações.
- Pausas regulares: faça pausas curtas durante atividades repetitivas para permitir que os músculos descansem.
- Exercícios de alongamento: pratique rotinas de alongamento para manter a flexibilidade e reduzir a tensão muscular.
- Fortalecimento muscular: fortaleça os músculos relevantes para suportar melhor as demandas das atividades diárias.
- Variação de atividades: evite a repetição excessiva, alternando entre diferentes tarefas sempre que possível.
- Treinamento adequado: ao aprender novas atividades ou utilizar equipamentos específicos, certifique-se de receber treinamento adequado para evitar movimentos incorretos.
Ufa!
Em suma, a prevenção é a chave para evitar as lesões por esforço repetitivo. Ao adotar práticas saudáveis, conscientizar-se dos sinais precoces e buscar ajuda quando necessário, é possível preservar a saúde musculoesquelética e manter uma vida ativa e produtiva. Sendo assim, em caso de suspeitas, não hesite em procurar por ajuda!
E aí, gostou do conteúdo? Então, aproveite a visita em nosso blog para ler mais sobre o mundo da saúde.
Para ter acesso a mais conteúdos como este, acompanhe nossas publicações nas redes sociais (Facebook e Instagram)