Como funciona a fisioterapia para o câncer de próstata? - Profisio Center Skip to main content

O câncer de próstata, apesar de ser o segundo tipo de tumor mais comum em homens, possui boas taxas de sobrevida quando diagnosticado precocemente. No entanto, assim como acontece com qualquer outra doença mais severa, ele possui alguns efeitos colaterais relacionados ao seu tratamento, sendo os mais comuns a incontinência urinária e a disfunção erétil.

A boa notícia é que todos estes e outros efeitos remanescentes das intervenções utilizadas para combater essa doença (quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, imunoterapia, prostatectomia, entre outras) podem ser amenizados e até mesmo revertidos por meio da fisioterapia. Isso acontece, principalmente, porque essa especialidade trabalha na reabilitação e no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Para isso, ela implementa exercícios e técnicas que, com o tempo, ajudarão o paciente a retomar o controle sobre essa região do corpo, evitando escapes de urina e mantendo uma vida sexual ativa.

E aí, preparado(a) para saber tudo sobre a fisioterapia para o câncer de próstata? Vamos lá!

Do começo: o que é a próstata?

A próstata é uma glândula localizada entre a parte inferior da bexiga e a pélvis. Sua função é produzir um fluido alcalino que nutre e protege os espermatozoides, prolongando a vida destes.

Durante o processo de ejaculação, ele se une ao esperma e forma o sêmen, líquido viscoso e esbranquiçado responsável por transportar os gametas até o útero da mulher e promover a fecundação.

Agora, falemos um pouco sobre o câncer de próstata…

Como o próprio nome indica, o câncer de próstata diz respeito a um tumor maligno que acomete qualquer parte dessa glândula, produzindo tipos como o adenocarcinoma, o sarcoma e os carcinomas de pequenas células.

Geralmente, essa doença não costuma provocar sintomas até alcançar seus estágios mais avançados. É por isso que a manutenção dos exames urológicos anuais a partir dos 40 anos é fundamental para detectá-la precocemente. Porém, mesmo assim, vale a pena reforçarmos seus principais sinais (quando presentes). São eles:

  • desconforto ou dor ao urinar/ejacular;
  • problemas para urinar (o processo pode ocorrer por meio de jatos fracos ou ainda ser interrompido);
  • urgência para usar o banheiro;
  • presença de sangue na urina e/ou no sêmen;
  • dores pélvicas e/ou lombares.

As causas específicas para o câncer de próstata ainda são desconhecidas. No entanto, existem alguns fatores de risco associados a ela como, por exemplo, ter mais de 55 anos, histórico dessa doença na família e manter maus hábitos de vida, como fumar, consumir bebidas alcoólicas em excesso, ser sedentário e estar acima do peso.

Por fim, seu diagnóstico é feito por meio de exames como o toque retal, o PSA (identifica a presença de antígenos no sangue relacionado a alterações na próstata) os de imagem (ressonância/ultrassonografia) e, claro, a biópsia.

Agora sim: como é o tratamento do câncer de próstata e onde a fisioterapia entra nesse processo?

As condutas utilizadas no tratamento do câncer de próstata variam de acordo com as necessidades de cada paciente e podem incluir:

  • prostatectomia: é o principal tipo de cirurgia para remover o câncer de próstata, podendo ser radical ( retira tanto a glândula quanto os tecidos circundantes) ou parcial, quando é removido apenas a área afetada;
  • radioterapia: usa altas doses de radiação para matar as células cancerígenas;
  • terapia hormonal: reduz os níveis de hormônios androgênicos (testosterona e di-hidrotestosterona) para impedi-los de alimentar as células cancerígenas da próstata;
  • quimioterapia: utiliza medicamentos que matam as células cancerígenas e às vezes é usada para casos em que o tumor se espalhou para fora da próstata;
  • crioterapia: usa temperaturas muito baixas para congelar e matar as células cancerígenas da próstata, bem como a maior parte desta;
  • imunoterapia: é uma terapia biológica que simula o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas.

A grande questão, aqui, é que independentemente dos métodos escolhidos para combater essa doença, qualquer um deles pode causar alterações na função urinária, intestinal ou sexual. Afinal, a próstata fica entre a bexiga e o pênis, e a uretra passa por ela, fazendo com que toda essa região possa ser afetada pelo tratamento.

Felizmente, tudo isso é administrável por meio da fisioterapia do assoalho pélvico e, agora, vamos conversar um pouco mais sobre ela.

E, por fim: um pouco sobre a fisioterapia para o câncer de próstata

Fisioterapia do assoalho pélvico

Como já mencionamos no começo desse bate-papo, a incontinência urinária é um dos efeitos colaterais mais comuns do tratamento contra o câncer de próstata e costuma acontecer em função da prostatectomia radical.

A maioria dos pacientes experimenta um retorno à função normal da bexiga com o tempo, mas, para alguns homens, esse problema é mais contínuo. Para estes casos, a melhor conduta é a de fisioterapia e reabilitação do assoalho pélvico.

Para tal, os fisioterapeutas trabalham com pacientes por meio de técnicas e exercícios apropriados para o fortalecimento dos músculos dessa região, ajudando a prevenir o perda de urina.

Vale ressaltar que as atividades podem ser ensinadas antes e após a cirurgia, e a quantidade de sessões, assim como os tipos de exercício, variam de acordo com as necessidades e objetivos de cada paciente.

Por fim, saiba que a fisioterapia para o câncer de próstata é útil, também, para os casos de disfunção erétil. Afinal, o fortalecimento do assoalho pélvico consiste em uma série de exercícios que aumentam o fluxo sanguíneo nessa região do corpo.

Ufa!

E aí, o que achou do bate-papo de hoje? Viu como a fisioterapia para o câncer de próstata é uma parte fundamental do tratamento dessa doença? Para ter acesso a mais conteúdos como este, fique de olho em nosso blog e acompanhe nossas publicações nas redes sociais (Facebook e Instagram)!