O câncer de mama é um dos tumores mais diagnosticados em mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele. Dessa forma, faz sentido que o único foco, por muitos anos, tenha sido lutar contra essa doença. A boa notícia é que, agora que a medicina conquistou grandes avanços, muitas pacientes estão sobrevivendo a essa condição.
De acordo com um estudo publicado no periódico The Lancet, a taxa de sobrevida no Brasil aumentou de 78,2% (entre 1995 e 1999) para 87,4% (entre 2005 e 2009). Vale reforçar, ainda, que essa taxa, como afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS), chega a ser de 91% para tumores invasivos não-metastáticos. Tudo isso foi alcançado graças aos inúmeros estudos e pesquisas sobre a doença e, claro, por meio das diversas campanhas mundiais de conscientização e informação.
Esse é, então, um progresso significativo que nos leva ao próximo passo: entender que as ramificações do tratamento não param quando a terapia termina. Muitas mulheres se surpreendem ao saber que sintomas como fadiga, dor e movimento prejudicado do braço podem persistir por muito tempo após as intervenções.
Isso acontece, principalmente, porque as principais abordagens clínicas e cirúrgicas contra o câncer de mama são tumorectomia (retirada apenas do nódulo), mastectomia, dissecção de linfonodo axilar, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Todas elas, a depender do caso, têm consequências que, apesar de serem desagradáveis, são completamente administráveis.
Hoje nós vamos conversar, então, sobre uma das alternativas mais eficazes para essa jornada pós-tratamento: a fisioterapia. Para saber como ela pode ser útil na recuperação de mulheres que venceram o câncer, renove o café, sente-se confortavelmente e venha conosco.
Como funciona a fisioterapia para o câncer de mama?
É possível se consultar com um fisioterapeuta antes, durante ou após o tratamento para o câncer. O papel desse especialista é ajudar a paciente a entender e superar os sintomas pelos quais ela está passando, especialmente aqueles que podem afetar sua postura e/ou a capacidade de movimento. Durante as consultas, ele buscará pelos melhores resultados possíveis, minimizando alguns dos riscos do tratamento como, por exemplo:
- dificuldade para movimentar um ou ambos os braços;
- perda de equilíbrio ou quedas;
- dormência nos dedos das mãos ou dos pés;
- dor em todo o corpo ou apenas nos ombros;
- fadiga;
- linfedema.
Durante a primeira visita, o fisioterapeuta verificará o quão bem a paciente move a parte superior do corpo e examinará seus braços, ombros e postura. Juntos, ambos traçarão algumas metas. Para conquistá-las, um plano de exercícios será traçado e, neste, as seguintes técnicas podem ser incluídas:
- massagens para relaxamento muscular;
- alongamento manual para soltar/liberar suas articulações e músculos;
- exercícios de força e flexibilidade (esses podem também ser realizados em casa com instruções prévias do profissional);
- técnicas para prevenir o linfedema, como drenagem linfática manual, o uso bandagens de compressão e meias elásticas para o braço;
O objetivo, lembre-se, é acabar com o desconforto e dar mais qualidade de vida à paciente, e não colocá-la para se esforçar muito.
E sobre o câncer de mama, o que você precisa saber?
1. O que é?
O câncer de mama é uma doença na qual uma ou mais células malignas se multiplicam nos tecidos mamários. Seus principais tipos incluem:
- Carcinoma ductal: começa nas células dos ductos mamários (estruturas que transportam o leito dos lobos ao mamilo). É o tipo mais comum.
- Carcinoma lobular: começa nos lóbulos e é mais frequentemente encontrado em ambas as mamas.
- Câncer de mama inflamatório: aqui, as células cancerosas bloqueiam os vasos linfáticos da pele da mama, deixando-a quente, vermelha e inchada.
- Doença de Paget da mama: envolve a pele do mamilo. Geralmente também afeta a pele ao redor deste.
2. Causas
- História familiar de câncer de mama.
- Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
- O uso de certos medicamentos (terapia hormonal com estrogênio, inibidores de aromatase, moduladores seletivos de receptores de estrogênio (SERMs), entre outros).
- Certas condutas de estilo de vida (alcoolismo, sedentarismo etc).
3. Sinais e sintomas
- Novo nódulo ou espessamento nas mamas e/ou axilas.
- Mudança no tamanho ou formato da mama.
- Enrugamento na pele do peito, semelhante a uma casca de uma laranja.
- Mamilo invertido.
- Descarga do mamilo que não seja o leite materno.
- Pele escamosa, vermelha ou inchada na área do mamilo, ou na mama.
- Dor em qualquer parte da mama.
4. Diagnóstico
Os seguintes testes e procedimentos podem ser usados para diagnosticar o câncer de mama:
- exame físico detalhado e análise de histórico do paciente.
- exame clínico da mama.
- mamografia.
- ultrassom das mamas.
- biópsia das mamas.
5. Tratamentos
Eles incluem:
- cirurgia (mastectomia);
- radioterapia;
- quimioterapia;
- terapia hormonal (para impedir que as células cancerosas recebam os hormônios que precisam para crescer);
- terapia direcionada (usa drogas e outras substâncias que atacam células cancerígenas específicas com menos danos às células normais);
- imunoterapia.
Ufa!
Agora sim! Viu como a fisioterapia para o câncer de mama é importante? Para ter acesso a mais conteúdos como este, fique de olho em nosso blog e acompanhe nossos perfis nas redes sociais (Facebook e Instagram)!
Um abraço e até a próxima.