A artrite reumatoide é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação das articulações do corpo. Ela acontece quando o sistema imunológico, devido a um mal funcionamento, considera essas estruturas suspeitas ao organismo, atacando-as como forma de defesa. O resultado é inchaço, rigidez, dor e menor amplitude dos movimentos nas regiões acometidas.
Geralmente, essa condição afeta as articulações menores do corpo como, por exemplo, as das mãos e dos pés. No entanto, em algumas pessoas, ela pode acometer estruturas maiores como as dos joelhos e dos quadris, e ainda comprometer diversos órgãos, sistemas e partes do corpo, incluindo pele, olhos, pulmões, coração e até mesmo os vasos sanguíneos.
Para entender como a artrite reumatoide se desenvolve, no entanto, é importante entender o que são as articulações e como elas funcionam. Sendo assim, para se aprofundar no assunto e saber tudo o que precisa sobre essa condição, renove o café e continue conosco!
O que você precisa saber sobre articulações?
Uma articulação é, basicamente, onde dois ossos se encontram. Seu principal objetivo é permitir que estes ossos se movam para certas direções e, claro, dentro de alguns limites.
Um exemplo: o joelho é a maior articulação do corpo e, não por acaso, uma das mais complexas. Afinal, ele deve ser forte o suficiente para aguentar nosso peso e, ainda, atuar como dobradiça para que possamos andar e sentar.
A extremidade de cada osso é coberta por uma cartilagem de superfície lisa e escorregadia, permitindo que eles se movam sem se esfregarem um no outro. A articulação, por sua vez, é mantida no lugar pela sinóvia, um fluido espesso e resistente. Por fim, os ossos são ancorados aos músculos pelos tendões, completando todo esse mecanismo.
O que acontece com uma articulação quando ela é afetada pela artrite reumatoide?
Na artrite reumatoide, como já explicamos, o sistema imunológico pode causar inflamação dentro de uma ou várias articulações. A grande questão, no entanto, vem agora: quando a inflamação diminui, a cápsula ao redor da sinóvia permanece esticada, não conseguindo manter a articulação na posição correta. Isso faz com que ela se torne instável e, com isso, se mova para posições incomuns.
Causas
Em uma pessoa saudável, o sistema imunológico é essencial porque combate invasores como bactérias e vírus. No entanto, devido a uma série de fatores (sendo alguns deles nem sequer esclarecidos pela comunidade científica), ele pode confundir as células do corpo com invasores estranhos e, com isso, liberar substâncias químicas inflamatórias que atacam essas células. Quando isso acontece, o diagnóstico é de doença autoimune.
Na artrite reumatoide, o sistema imunológico ataca a sinóvia, tornando-a mais inflamada e espessa. A articulação, nesse caso, fica mais rígida, dolorida e sensível, e sua amplitude de movimentos é comprometida.
Ainda não se sabe, ao certo, por que as pessoas desenvolvem essa doença. No entanto, acredita-se que alguns fatores de risco como genes, vírus/bactérias e estresse físico/emocional parecem desempenhar um papel significativo para desencadear o processo inflamatório em questão.
Sintomas
Os principais sintomas da artrite reumatoide são:
- dor;
- inchaço, calor e vermelhidão;
- rigidez.
A depender do caso, existem outros sintomas que, apesar de incomuns, costumam ser observados neste quadro. São eles:
- fadiga;
- falta de apetite;
- perda de peso;
- febre;
- sudorese;
- olhos secos ou dor no peito (como resultado de inflamação).
Vale ressaltar, ainda, que algumas pessoas desenvolvem nódulos reumatoides, caroços que se formam sob a pele ao redor das articulações afetadas.
Como é feito o diagnóstico da artrite reumatoide?
Por meio dos seguintes passos:
- análise do histórico médico do paciente;
- exame físico;
- exames de sangue (para identificar processos inflamatórios e proteínas no sangue que estão ligadas à artrite reumatoide – VHS, PCR, CCP, entre outros);
- testes de imagem (raio-X, ultrassom ou ressonância magnética).
Tratamento
Infelizmente, ainda não há cura para a artrite reumatoide. No entanto, existem opções que podem ajudar a controlar a dor e impedir mais danos às articulações. São elas:
- medicamentos analgésicos;
- suplementos de ômega-3 (para ajudar na dor e na rigidez);
- anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);
- medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (pois reduzem os sintomas e os danos nas articulações);
- corticosteroides;
- tratamentos complementares (fisioterapia, massagem, acupuntura ou estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) para reduzir a dor).
Agora sim!
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No mais, cuide-se bem e até a próxima.